novembro 12, 2007

MÚSICA PARA MEUS AMIGOS

Música para meus amigos é assim que o jovem Seth Suaze optou por intitular o seu concerto agendado para dia 16 de Novembro no Café Bar Gil Vicente às 23 horas.

Seth Suaze de guitarra e chapéu

Música para meus amigos é também um motivo para fazer “mais amigos”, alias Seth Suaze já os têm por natureza. Como prova podemos citar as várias participações em convívios realizados na capital...Seth sempre que e convidado a subir ao palco não hesita, mesmo que com a banda não tenha ensaiado...com a sua humildade conquista mas amigos (fãs).

Nesses convívios, muitas vezes ouvi a plateia a gritar acompanhando com palmas o seu nome Seth,Seth,Seth....quem assistiu o concerto de ALFA pode comigo testemunhar, pois naquela noite Seth Suaze dedilhou e interpretou um clássico de Fanny Mpfumo...e noutra intitulada Clave do Sol, apareceu e alimentou os nossos ouvidos com um tema de Dólar Brand,.alias, ele próprio disse vou interpretar um tema de Dollar Brand a minha maneira...foi lindo ouvir o tema Mannenberg, no dedilhar do Seth Suaze....Sera que a participação como convidado ou voluntário em vários eventos terá sido um termômetro para medir o seu publico? Creio que a resposta esta no evento do dia 16 de Novembro de 2007, as 23 horas no Café Bar Gil Vicente.

PROGRAMA DO CONCERTO

1 Parte (Acústica)

Seth Suaze –Guitarra Acústica e Voz

Jaffet –Voz

Naldo – Voz

* Composições próprias

* Interpretação de algumas composições de músicos moçambicanos como Arão Litsuri, Hortêncio Langa, Stewart Sukuma, Fanny Mpfumo ...

2 Parte (Com Banda )

Seth Suaze –Guitarra Acústica (solo) Viola baixo (Solo)

Nenê – Viola baixo

Gibra – bateria

Morte - teclado

Jaffet –Voz

Naldo – Voz

* Composições próprias

* Interpretação e execução de composições de músicos nacionais e estrangeiros ( Dollar Brand, Deve Koz, Miriam Makeba, Arão Litsuri.....)

novembro 11, 2007

A NOSSA LUTA (cap.1)

A Cidade onde vivo chama-se Maputo. No dia 10 de Novembro comemoramos os 120 anos desta cidade. Musica, feira de livros, gastronomia mascaram as festividades...

Porque não podia sair de casa, achei que devia fazer qualquer coisa, uma vista de olhos a pequena estante de livros,...lembrei que havia adquirido numa das bibliotecas ambulantes a obra A NOSSA LUTA, escrita por Samora Moisés Machel.

Recordei-me também que naquele local onde decorria a festa do dia da cidade, muitas vezes quando membro da Organização de Continuadores de Moçambique, na companhia de colegas de escola ficamos para ouvir e gritar bem alto, a Luta Continua durante os comícios de Samora Moises Machel, onde as escolas primarias estavam sempre presente acompanhado pelos seus professores.

Desta obra, vamos partilhar apenas o resumo de cada “capitulo”.

Cap. 1

PRODUZIR E APRENDER

APRENDER PARA PRODUZIR

E LUTAR MELHOR

  • Na nossa zona, o trabalho é um acto de libertação, porque o resultado do trabalho beneficia os trabalhadores, serve os interesses dos trabalhadores, isto é, serve para libertar, o homem da fome, da miséria, serve para fazer progredir a luta. Porque na nossa zona abolimos a exploração do homem, porque a produção é propriedade do povo, ela serve o povo. Na nossa zona, porque o nosso combate é para libertar os trabalhadores explorados, é com orgulho que nos vemos as nossas mãos com calos, é com alegria que nos enterramos os nossos pés na terra. O trabalho na nossa zona ajuda-nos a desenvolver a consciência da nossa origem, ajuda-nos a sentirmo-nos orgulhosos da nossa classe, ajuda-nos a liquidar os complexos, que os colonialistas queria impor-nos.
  • Ha companheiros que desprezam o estudo, porque ignoram o seu valor. O estudo e como uma lanterna a noite, mostra-nos o caminho. Trabalhar sem estudar, ‘e andar as escuras, pode-se avançar, e certo, mas grandes são os riscos de tropeçarmos, de nos enganarmo-nos no caminho.
  • Nos costumamos dizer que apreendemos a guerra na guerra, o que quer dizer, na realidade, que e fazendo a revolução que apreendemos a melhor fazer a revolução, lutando que aprendemos a lutar melhor, e produzindo que aprendemos a melhor produzir. Podemos estudar muito, ler muito, mas para que servirão essas toneladas de conhecimento se não levarmos as massas, se não produzimos? Se alguém guarda sementes de milho na gaveta, será que vai colher maçaroca?
  • Quando eu nianja estou a cultivar lado a lado com o ngoni, estou a suar com ele, com ele a arrancar vida à terra, eu estou a apreender com ele, estou a apreciar o seu suor, estou-me a sentir unido a ele.Quando eu do norte, aprendi com um camarada do sul a fazer horta, e irrigar os tomates vermelhos e carnudos, quando eu do centro aprendi com o camarada do norte a fazer crescer a mandioca que desconhecia, estive-me a unir com esses camaradas, estive a viver, materialmente, a unidade da nossa Pátria, a unidade da nossa classe de trabalhadores.Estive a destruir com ele os preconceitos tribais, religiosos, lingüísticos, tudo o que era secundário e nos dividia.Com a planta que cresceu, com suor e inteligência que ambos misturamos à terra, cresceu a unidade.
(A Nossa Luta, Samora Moisés Machel, Imprensa Nacional, 1975, Maputo, pags 23,24)