fevereiro 18, 2010

2010 Ano da Marrabenta

Stewart Sukuma escreveu a dias, semanas ou meses “Músicos: vamos decretar este ano como o ano da marrabenta. se cada músico fizer uma marrabenta não vai haver falta de música para dançar. Vamos também fazer fena, magika, tufo.” recebi recentemente do artista o link para ver o seu vídeo e dar opinião...Eu opinião?...aceitei e partilho com quem passar pelo Mãos de Moçambique...se puder deixe também a sua opinião



Ficha técnica:
Vídeo: Xitchuketa Marabenta [Não oficial]
Musica e Letra de Stewart Sukuma
Arranjos e todos instrumentos excepto Soprano Nelton Miranda soprano Muzila
Coros: Cizaquel Matlombe e Filo Cambula
Concepção do Vídeo: Agostinho Uanicela
Edição: Agostinho Uanicela

Assisti o vídeo, gostei e lembrei me de alguns dizeres do Stewart Sukuma patentes no livro Marrabentar, de Amâncio Miguel, o qual passo a citar: “aqui a música nunca serviu como um grande meio de comunicação, porque as pessoas continuam a pensar que o músico só serve para animar a malta”

Recordando-lhe a citação acima, perguntei ao músico se ainda mantinha este pensamento. Stewart disse que a música é um instrumento poderosíssimo de comunicação. Podemos sim juntar o útil ao agradável (comunicar e dançar)...algumas pessoas, mas poucas, já valorizam o facto das músicas terem uma mensagem consistente e objectiva...ainda é uma minoria... a persistência pode ser uma arma para a mudança, o problema é que as pessoas querem resultados imediatos...eu não negoceio a minha música...

Conheça outros trabalhos de Stewart Sukuma aqui, aqui e aqui

SALIMO MOHAMAD & KWAMULA BAND

A informação chegou através do facebook... Salimo Muhamad é o cartaz de amanhã sexta feira, 19 de Fevereiro no Mafalala Libre.

Salimo será acompanhado pela banda "Omba Mo" esta que Salimo apelidou de Kwamula Band...


O estilo do cartaz já diz tudo. Não conheço as dimensões do palco do Mafalala Libre...para Salimo a arte de representar não precisa de dimensões...quem tiver disponibilidade (financeira e não só) aconselho esta noite de 19 de fevereiro...

Veja o video a seguir, Salimo na "Noite das Estrelas", um concerto de Jomalu realizado no Centro Cultural Franco Moçambicano.


fevereiro 15, 2010

ODISSEIA de Walter Zand no espaço Joaquim Chissano na Mediateca do BCI

O artista plástico moçambicano Walter Zand apresenta a sua terceira exposição individual no espaço Joaquim Chissano, na Mediateca do BCI de 16 a 27 de Fevereiro. A mostra com titulo ODISSEIA será composta por cerca de 30 obras nas modalidades de pintura, cerâmica, desenho e instalação.
Na exposição Odisseia, o artista explora visualmente manifestações pertencentes ao universo da literatura visual e dos ritmos das cores da cultura moçambicana, de África e do mundo em geral, fazendo uma releitura permanente das tradições do dia-a-dia.

Para as criações do Odisseia o artista tem como suporte principal, dentre vários nomes, pensamentos de artistas como Fela Kuti (Nigéria) Ricardo Rangel, Malangatana, Mia Couto, José Craverinha (Moçambique)

Nesta terceira exposição individual, o artista pretende mais uma vez apresentar as diversas formas de aprendizagens tidas durante a pesquisa de 2 anos nas cidade de Maputo (Moçambique) – Cidade do Cabo (África do Sul) e a sua busca permanente em técnicas e pensamentos novos na abordagem dos seus trabalhos.

Não querendo pintar apenas para si, Walter Zand apresenta Odisseia para um brinde com os apreciadores das artes e não só.

ODISSEIA

A natureza é a única “culpada” pela existência da Odisseia que hoje presenciamos, pois ela colabora com Walter Zand na concretização dos seus projectos. Afinal a vida é um projecto de sonho! É necessário perceber que a Odisseia, aqui apresentada, não é a do Walter Zand, mas do Messias do mundo dos mortos e dos vivos que ele representa pois, a vida é um eterno retorno.

O Odisseia não é um desabafo, mais sim "fragmentos" de um espelho manifestados em cada um de nós e expressos sob forma de alegria nas mãos de Walter Zand. Como cada Homem possui uma musa, Walter Zand transforma essa musa da literatura, da música, da dança (...) revelando-a nas artes plásticas.

A dialéctica com a natureza e o uso das habilidades, emanadas do Ser Supremo e reveladas pelo artista, “criam” o belo. O belo como manifestação interna da alma. O artista “grita” pela responsabilização social do Homem enquanto ser pensante e altruísta.

O Arco Íris das obras do Walter Zand convidam-nos a uma “terapia” de reintegração de nós mesmos.

Ah ! A génese da longa viagem, até esta paragem, começou quando o menino tinha 10 anos. Na altura, a avó havia lhe entregue dinheiro para comprar amendoim e, em contrapartida, carregado de sonhos “desviou” o valor a favor de algumas “bisnagas” de acrílico que marcaram o início da sua aventura artística.

A presente exposição, destaca os “becos” das zonas suburbanas revelando a outra imagem que em senso comum geralmente são conotados como espaços de maldição.
Conheça outros trabalhos o Walter Zand aqui e aqui