Desde terça-feira, artistas e pesquisadores de Brasil, Moçambique, Angola, Cabo Verde e Portugal discutiram sobre a diversidade cultural de seus países e seu único ponto de intersecção, a língua portuguesa. Mesmo assim, uma vastidão ainda separa uma nação da outra, graças ao desconhecimento sobre as particularidades de cada um. "Confesso que estava cético em vir a essa região, pois o nordeste brasileiro é mais conhecido pela seca", revela o cantor Stewart Sukuma, verdadeiro pop star em Moçambique. "Mas, ao chegar, descobri uma infinidade de hábitos dos nordestinos semelhantes ao do meu país, o que comprova que aqui é uma extensão da África."
Foto 2- Roberto Isaías, retirado aqui
De fato, embora de olho no traço musical de cada um, eles foram realmente apresentados em Nova Olinda, mais especificamente na Fundação Casa Grande, pequena joia social que integra crianças e adolescentes a partir da distribuição de responsabilidades, o que transforma uma garota de 12 anos, por exemplo, em apresentadora de um programa de rádio. "É a partir dos erros que eles desenvolvem sua aptidão", comenta o presidente da fundação, Alemberg Quindins.
E foram dois grupos surgidos naquele espaço que também representaram o Brasil na mostra: Os Cabinha (assim mesmo, no singular), formado por garotos de 12 anos que imitam o som de instrumentos musicais; e Abanda, trio instrumental integrado por ex-cabinhas e hoje profundos conhecedores musicais. Todos estarão na mostra Cariri, Ser Tão Cultura, que começa quinta-feira no Sesc Ipiranga.
*Texto retirado do Jornal Brasileiro Estadão de 18.05.05
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