junho 28, 2008

MIA COUTO E A CPLP: MOÇAMBIQUE É E NÃO É PAÍS DE LÍNGUA PORTUGUESA

….Ya, ja passou por ai, agora está na Suécia, acabo de ler na net...é assim que Melita autora do blogue Maputo-Oslo comenta no texto MIA COUTO…Venenos de DEUS, Remédios do diabo… o site da BBC escreve: Uma dupla irresistível , Mia Couto e José Eduardo Agualusa, juntos, em Inglaterra e eu recupero a entrevista do dia 25 de Junho publica no Jornal Noticia feita pelo jornalista Gil Filipe…achei um dialogo interessante por isso compartilho com os visitantes do Mãos de Moçambique, basta um clique aqui ou na foto.

Mia Couto e os autógrafos na centésima página em Braga

Foto de João Feijó

ENTREVISTA

MIA COUTO E A CPLP: Moçambique é e não é país de língua portuguesa

- Pelo que percebi percorrendo as páginas de “Venenos de Deus, Remédios do Diabo”, este livro é uma viagem à uma outra vertente da cultura, como os encontros e as divergências de perspectivas de ver o mundo, de procuras e encontros de identidade... É isso?

- Eu acho que desde o meu primeiro livro há um tema que nunca me abandonou que é o tema da procura de identidades. Estas identidades que nós pensamos como sendo puras, isoladas e estáticas, não são nada disso e pelo contrário são dinâmicas. Este livro fala um bocadinho sobre isso, sobre uma mestiçagem que não é apenas racial mas uma mestiçagem de culturas. Evidentemente que a história é uma outra coisa, mas de uma forma indirecta falo também sobre isso.

- Falando essencialmente deste livro, exactamente o que são, na perspectiva de quem escreveu, estes remédios e estes venenos?

- É uma história de encontros e desencontros, de alguém que pensa que vai encontrar alguém, e que não encontra, e que pensa que vai encontrar numa determinada terra, que lhe aparece na aparência, é uma outra coisa. Quer dizer, esta terra é uma espécie de cenários, de imagens e de representações que são sempre falsas. Portanto, há aqui uma fabricação de mentiras, pois para existir esse lugar é preciso mentir sobre si próprio. Aqui há uma família que vem de fora e que tem que construir uma encenação para conseguir o tipo de relação com essa pessoa que vem de fora. Este livro nasceu quase acidentalmente. Estava eu a escrever outro livro, que acabei adiando, quando me surge a ideia desta história. Foi por acidente que saltei para esta história, pequena e que foi crescendo, que começou a chamar-me, a prender-me e de repente fiquei nela e abandonei o romance logo que tenho e que vai sair posteriormente.

Veja a entrevista completa aqui ou faca um clique na foto.

3 comentários:

Nyabetse, Tatinguwaku disse...

Mano, thanks pela visita e pela promo, hehehë!

A tua sobrinha é mesmo africana filha de pianista. Nao resiste aos tambores, ao canto e ao piano. Cada vez que passo do piano, temos que fazer uma paragem p ela colocar la as maozinhas! Para eu poder tocar, tenho que esperar ate ela adormecer, senao eh pur guerra!

Boa semana.

Soberano Kanyanga disse...

Esse biólogo inspira-me.

mãos disse...

Nyabetse, Tatinguwaku obrigado por mais uma vez passares por aqui.Farei o mesmo...

MESUMAJIKUKA grande irmão, tenho uma divida moral consigo...estamos juntos, a luta continua.

Um abraço a todos