julho 19, 2007



...Confesso que não percebo nada ....mas a exposição é linda
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Assim como falou um dos convidados na exposição de Jorge Dias patente no Centro Cultural Franco Moçambicano, muitos outros ficaram pasmados com a linha que o artista apresenta na sua individual Zoologia dos Fluxos.

Dois dias depois da inauguração, 17 de julho de 2007, concretamente à 19 de Julho volto a mesmo local para com calma apreciar as obras, os titulos e desfrutar com maior atenção os trabalhos do Jorge Dias. Voltas em sentidos difentes, o mesmo homem esteve no local, mas uma vez disse – me este artista leva-nos a uma viajem....

Concordo com este homem, as obras ali patentes, obrigam-nos a uma viajem para além do habitual, percebo que tudo que a natureza nos oferece tem a sua utilidade. Jorge Dias dá crédito a afirmação do pai da química, Antoine Lavoisier o qual postolou:Na Natureza nada se perde, nada se cria: tudo se transforma”.Obras como Praga onde o artista trabalha com pasta de papel, madeira, jornal e sisal em dimensões variáveis (2007) prende qualquer que um que ao entra na sala onde esta patente a obra, procura perceber pelo título a mensagem que artista pretende transmitir, se a obra esta a venda ou não. Como lembrança, existem várias formas do amante ou curioso das artes plásticas levar consigo, uma delas é o uso das novas tecnologias, telemoveis com cameras, ou maquinas digitais, isto tudo porque a novidade esta patente.

As linhas que lembram o gosto do crochê da minha mãe, transbordam sobre jornais, cruzam-se com a corda de sisal, criando um movimento com os insectos de arame. A exploração do espaço não se limita apenas nas paredes, nem nos biombos, pois se estende até ao chão, ali, a visão dos amantes ou curiosos das artes obriga a movimentação e concetração. Jorge convida-nos em algumas obras a desfrutar do belo, mas ao mesmo tempo, da a oportunidade de verificarmos o nosso visual (espelharmo-nos) na mesma obra, pois, o espelho serviu de tela (se assim posso afirmar)


Se a primeira vista, nem todos percebemos a mensagem, a segunda deu para amadurecer as ideias do artista. Creio que voltarei a sala do Centro Cultural Franco Moçambicano para melhor contemplar e penetrar na viagem Zoologia dos Fluxos que encerra a 7 de agosto. A entrada para a exposição é gratuita.